Poucas horas antes da
meia-final da Taça da Liga, escrevi aqui que “Sejam quais forem os jogadores escolhidos para alinharem, hoje, no
Dragão, temos equipa com qualidade técnica e táctica para vencer, desde que
haja atitude!”.
Escrevi também que “Tão ou mais importante do que chegar à final
da Taça da Liga, é ganhar, definitivamente, a convicção de que ganhar ao Porto
é um resultado normal”.
Sinto uma enorme
felicidade por a equipa ter correspondido ao que esperava dela!
Devo, porém, ser
sincero, e confessar que quando escrevi “Sejam quais forem os jogadores” houve
um que não me passou pela cabeça que pudesse vir a jogar: o Steven Vitória. Não
pretendo por em causa os atributos e qualidades de Steven, apenas quero
sublinhar que Jesus errou ao colocar em campo, num jogo decisivo, um jogador
que não tinha minutos, ao contrário de Jardel que tem vindo a ser chamado e a
rodar regularmente com a equipa.
Jesus arriscou em
demasia e acabou por ter sorte. Mas convém não abusar da sorte porque ainda não
acabou a época e podemos precisar dela.
Também não gostei de ver
Jesus não resistir a enfunar o ego quando, na conferência de imprensa, respondendo
a uma questão sobre a superação do medo de jogar com o Porto, disse qualquer
coisa do género ‘vejam o que era o Benfica com o Porto antes de eu chegar e o
que tem sido nos últimos anos’.
Mas adiante, não quero
perder mais tempo com este assunto (já me referi ao tema em posts anteriores), prefiro
antes exaltar o que de mais importante se passou hoje.
Uma equipa sem medo, com
enorme querer e grande crença, grande solidariedade, qualidade e organização defensiva, depois
da saída de Steven e, sobretudo, na segunda parte, após as correcções posicionais
necessárias (aqui sim, enorme mérito de Jesus).
Os jogadores estiveram
muito bem. Sulejmani e Ivan Cavaleiro lutaram até à exaustão, os dois Andrés
estiveram fantásticos, Amorim regressou em alta, grande esforço de Cardozo,
Garay, Enzo e Siqueira estiveram ao seu nível, Oblak impecável (Jorge Jesus, na
próxima 5ª feira preferia que jogasse Oblak…).
Mas permitam-me erguer,
hoje, a bandeira de Jardel e prestar-lhe um tributo especial.
Jardel provou, se é que
ainda havia dúvidas, que é um grande central e um enorme jogador. Um jogador à
Benfica!
Jardel é o guerreiro dos
guerreiros. Enorme capacidade de luta, entrega, entusiasmo, coragem e dádiva que
dão confiança e contagiam a equipa!
Já jogou de cabeça
aberta, protegido por uma touca de natação, qual capacete à Afonso Henriques a
que só faltava o Montante. Já jogou um jogo quase inteiro com a cara num bolo e
o nariz rachado (que ainda o obriga a usar máscara) sem medo de meter a cabeça,
e cumpriu (cumpre) sempre!
Que bem lhe ficou a
braçadeira de capitão, recebida das mãos de Ruben Amorim.
Que bem esteve no
penalti, e no abraço e palavras de incentivo a Oblak que o ajudaram, por certo,
a defender o penalti seguinte!
Que bem esteve na conferência
de imprensa, ao afirmar que a grande época que a equipa está a fazer vem na
continuidade da anterior, ao dedicar a vitória ao Steven, ao distribuir,
finamente, farpas pela Direcção do FCP, ao lembrar que ‘os dirigentes do Porto não
devem estar tristes, uma vez que, para eles, a Taça da Liga não tem importância’…
Grande Jardel. És dos
nossos!
Jardel no Benfica, Para
Sempre!
O Jesus disse: "vejam o que era o Benfica e o que era o Porto"... ou seja o Porto muito melhor e o Benfica muito pior há 5 anos... os resultados em crescendo nos confrontos directos são o fruto da qualidade das equipas...
ResponderEliminarPS: se o Garay tivesse entrado a titular e se tivesse lesionado muitos diriam que o Jesus é burro e que devia ter jogado o Steven Vitória...
PS: mas o Steven Vitória não era o 3º central para muitos e o Jardel um bronco lento???