segunda-feira, 28 de abril de 2014

JARDEL, PARA SEMPRE!


Poucas horas antes da meia-final da Taça da Liga, escrevi aqui que “Sejam quais forem os jogadores escolhidos para alinharem, hoje, no Dragão, temos equipa com qualidade técnica e táctica para vencer, desde que haja atitude!”.

Escrevi também que “Tão ou mais importante do que chegar à final da Taça da Liga, é ganhar, definitivamente, a convicção de que ganhar ao Porto é um resultado normal”.

Sinto uma enorme felicidade por a equipa ter correspondido ao que esperava dela!

Devo, porém, ser sincero, e confessar que quando escrevi “Sejam quais forem os jogadores” houve um que não me passou pela cabeça que pudesse vir a jogar: o Steven Vitória. Não pretendo por em causa os atributos e qualidades de Steven, apenas quero sublinhar que Jesus errou ao colocar em campo, num jogo decisivo, um jogador que não tinha minutos, ao contrário de Jardel que tem vindo a ser chamado e a rodar regularmente com a equipa.

Jesus arriscou em demasia e acabou por ter sorte. Mas convém não abusar da sorte porque ainda não acabou a época e podemos precisar dela.

Também não gostei de ver Jesus não resistir a enfunar o ego quando, na conferência de imprensa, respondendo a uma questão sobre a superação do medo de jogar com o Porto, disse qualquer coisa do género ‘vejam o que era o Benfica com o Porto antes de eu chegar e o que tem sido nos últimos anos’.

Mas adiante, não quero perder mais tempo com este assunto (já me referi ao tema em posts anteriores), prefiro antes exaltar o que de mais importante se passou hoje.

Uma equipa sem medo, com enorme querer e grande crença, grande solidariedade, qualidade e organização defensiva, depois da saída de Steven e, sobretudo, na segunda parte, após as correcções posicionais necessárias (aqui sim, enorme mérito de Jesus).

Os jogadores estiveram muito bem. Sulejmani e Ivan Cavaleiro lutaram até à exaustão, os dois Andrés estiveram fantásticos, Amorim regressou em alta, grande esforço de Cardozo, Garay, Enzo e Siqueira estiveram ao seu nível, Oblak impecável (Jorge Jesus, na próxima 5ª feira preferia que jogasse Oblak…).

Mas permitam-me erguer, hoje, a bandeira de Jardel e prestar-lhe um tributo especial.

Jardel provou, se é que ainda havia dúvidas, que é um grande central e um enorme jogador. Um jogador à Benfica!

Jardel é o guerreiro dos guerreiros. Enorme capacidade de luta, entrega, entusiasmo, coragem e dádiva que dão confiança e contagiam a equipa!

Já jogou de cabeça aberta, protegido por uma touca de natação, qual capacete à Afonso Henriques a que só faltava o Montante. Já jogou um jogo quase inteiro com a cara num bolo e o nariz rachado (que ainda o obriga a usar máscara) sem medo de meter a cabeça, e cumpriu (cumpre) sempre!

Que bem lhe ficou a braçadeira de capitão, recebida das mãos de Ruben Amorim.

Que bem esteve no penalti, e no abraço e palavras de incentivo a Oblak que o ajudaram, por certo, a defender o penalti seguinte!

Que bem esteve na conferência de imprensa, ao afirmar que a grande época que a equipa está a fazer vem na continuidade da anterior, ao dedicar a vitória ao Steven, ao distribuir, finamente, farpas pela Direcção do FCP, ao lembrar que ‘os dirigentes do Porto não devem estar tristes, uma vez que, para eles, a Taça da Liga não tem importância’…

Grande Jardel. És dos nossos!

Jardel no Benfica, Para Sempre!

1 comentário:

  1. O Jesus disse: "vejam o que era o Benfica e o que era o Porto"... ou seja o Porto muito melhor e o Benfica muito pior há 5 anos... os resultados em crescendo nos confrontos directos são o fruto da qualidade das equipas...

    PS: se o Garay tivesse entrado a titular e se tivesse lesionado muitos diriam que o Jesus é burro e que devia ter jogado o Steven Vitória...
    PS: mas o Steven Vitória não era o 3º central para muitos e o Jardel um bronco lento???

    ResponderEliminar