sábado, 21 de junho de 2014

Só se a equipa for esforçada, solidária e sem peneiras…


Esta selecção nacional não me entusiasma nada. Tem jogadores fracos, como o Ricardo Costa, ou vulgares, como o Bruno Alves e o Meireles, que só chegaram onde chegaram por terem vindo donde vieram, promovidos pela máquina do costume.

Na baliza, entre Patrício, Beto e Eduardo ainda prefiro este último. Lá na frente, nem vale a pena falar, e até simpatizo com o Postiga, como pessoa...

O que mais me aborrece, no meio de tudo isto, é o facto de a equipa ser incensada, como se tratasse de um conjunto de craques, e os próprios se comportarem como tal.

E o Ronaldo, único verdadeiro craque, nem sempre se percebe se a sua preocupação é a selecção (ou outra equipa onde jogue), enquanto tal, ou enquanto uma das vertentes da sua carreira (de futebolista e de imagem publicitária) que importa gerir cuidadosamente, porque os contratos são de muitos milhões…

Chamam-lhe a selecção do Mendes, mas não é por aí que me incomodo. Fossem quais fossem os jogadores, seriam sempre do Mendes, porque é o Mendes que tem o ‘poder’. Se, por milagre, estes jogadores fossem varridos e pusessem lá 11 ou 23 que não fossem do Mendes, uma semana depois eram todos do Mendes, porque ele ia lá ‘buscá-los’. Enquanto não acabarem com os Mendes e com os que estão por detrás dos Mendes, com baús de euros, dólares e rublos para ‘arejar’, pouco importa se são deste ou daquele.

Posto isto, acho que se a equipa for esforçada, solidária e sem peneiras, é possível vencer os EUA e, talvez, o Gana. Pelo que se viu hoje, se o Gana jogar como jogou com a Alemanha, um empate já será bom, esperando-se, depois, que a Alemanha não perca com os EUA…

Mas só com uma equipa capaz de assumir as suas debilidades e procurando colmatá-las, actuando compacta, se necessário atrás da linha da bola, de forma solidária, com todos e cada um a apoiar-se, com todos a assumir as suas responsabilidades e não endossando-as para o Ronaldo.

Com um Ronaldo sereno, a fazer o melhor que puder, sem passar o jogo a gesticular, com este porque falhou o passe, com aquele porque não lhe deu a bola, com o árbitro porque foi ‘mau’, com a relva porque cresceu ou 'fugiu', com a baliza porque se desviou, com o S. Pedro por ter inventado o(s) clima(s) do Brasil só para o lhe estragar a carreira.

Com um Ronaldo como um verdadeiro Capitão de Equipa, e não como Capital Marvel. Com um Ronaldo jogando e fazendo jogar. Com um Ronaldo que marca golos para a equipa, e não para exibir os músculos, de ícone publicitário, para o próximo vídeo promocional.

Se assim for, ou puder ser, então ainda há esperança…

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