Foi-se a ilusão do samba, no fado triste, ‘jogado’,
falado, nos cantos deste pobre quintal.
Tanto embuste, fruste, tanta manobra interesseira,
e a culpa a morrer solteira…
A Selecção como pretexto.
Para o Gomes, um tacho na FIFA.
Para o Mendes, as negociatas.
Para o Ronaldo, a bota de ouro, a imagem, os
contratos.
Para o Meireles, exibir as tatuagens.
Para a RTP, reduzir, desesperadamente, os
prejuízos, montando um circo hiperbólico e lamentável em torno do altar do Deus
Ronaldo.
E na Selecção como representação do futebol (sim,
apenas do futebol) de um país, alguém pensou?
O Bento pôs à frente as fidelidades pessoais
e formou uma equipa de ‘handicapados’.
O Jones pôs-se atrás dos ‘índices de
suspeição lesional’, e lavou as mãos no ‘éter’.
Tanta falsa ilusão criada no espírito dos
portugas espalhados por esse mundo fora…
O que fica desta ‘representação’?
Uma imagem de irrealismo, incompetência, incapacidade,
fraqueza, disfuncionalidade.
E agora? Agora está tudo bem, é preciso que
algo mude para que tudo fique na mesma…
Eu queria não mentir
Não queria enganar
Driblar, iludir
Tanto desencanto
E você que está me ouvindo
Quer saber o que está havendo
Com as flores do meu quintal?
O amor-perfeito, traindo
A sempre-viva, morrendo
E a rosa, cheirando mal
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